Bike elétrica da Uber chega ao Brasil em 2019; veja como funcionará a Jump
- Matheus Jeronimo
- 25 de mai. de 2019
- 3 min de leitura
https://tv.uol/17XBE

A Uber terá em breve bicicletas elétricas compartilhadas no Brasil. Chamadas de Jump, nome da companhia adquirida pelo aplicativo em maio de 2018, elas devem chegar aos poucos ao país em 2019. O UOL Tecnologia já testou a bike em San Francisco, nos Estados Unidos, e mostra como funcionará por aqui. "A América Latina é nossa prioridade máxima agora. Será em 2019, só não sabemos precisar o mês. São Paulo deve ser uma das primeiras cidades que vamos desembarcar", afirmou ao UOL Tecnologia Ryan Rzepecki, fundador e chefe da Jump
O mês não foi revelado pelo executivo, mas a reportagem apurou que um anúncio inicial, provavelmente para uma área restrita de São Paulo, está próximo de ocorrer. A Jump já opera em 10 cidades dos Estados Unidos e anunciou recentemente expansão para a Europa --o objetivo é marcar presença em boa parte do mundo no próximo ano. Como é usar a bike elétrica Quando chegar ao Brasil, o usuário não precisará usar um outro aplicativo: a nova plataforma funcionará dentro do app principal da Uber. O sistema de compartilhamento do uso da bicicleta lembra o da Yellow, que atua em uma região limitada de São Paulo. A diferença da Uber é que a bicicleta é elétrica.

Na tela inicial do app da empresa, o usuário pode escolher no topo se quer "viajar" ou "pedalar". Ao marcar a segunda opção, será mostrada uma variedade de bicicletas disponíveis na sua área. As duas opções são dadas ao usuário e, segundo a Uber, já há uma tendência de mais pedidos por bikes do que carros durante a tarde em San Francisco, por exemplo. "De manhã você pode querer usar a bike, de noite você pode querer um carro. Acho que é complementar. Talvez tenha uma porcentagem de pessoas que vão trocar e usar a bike para trabalhar, mas isso é só um dado da porcentagem, no fim você está trazendo mais pessoas para a plataforma", apontou Guilherme Telles, ex-chefe de operações da Uber.
A bicicleta tem ainda diferentes marchas no guidão para usar em terrenos distintos. A reportagem testou em San Francisco, uma cidade conhecida pelas subidas, e pode notar que o sistema não requer um grande preparo físico para subir rampas - o trabalho duro é feito em sua maior parte pela bicicleta. A única coisa incômoda da bicicleta é ao final. Ela tem um gancho para prender em um poste ou outro elemento da rua ao fim da viagem e, como a bike é pesada, é difícil de manejar para um amador a princípio. Ao prender o gancho, a viagem é encerrada. O usuário pode deixar a bicicleta em qualquer lugar, como ocorre com a Yellow - não é necessário deixar em docks como o sistema do Itaú.

No Brasil, o mercado de compartilhamento de bicicletas tem crescido e várias companhias tentam lançar o produto no país - por enquanto, existem soluções do Itaú em São Paulo e no Rio, além da Yellow na capital paulista. A Jump não teme a concorrência e exalta sua solução ser elétrica. "Onde operamos vimos que teve uma forte preferência por bicicletas elétricas em detrimento da de pedal. No geral é um mercado em expansão, vai ter muita competição. Tentamos diferenciar oferecendo o melhor hardware e veículos. E somos parte das plataforma da Uber, vamos poder ter muitas opções ao consumidor dentro do mesmo app", contou Ryan Rzepecki. A Jump planeja até mesmo fazer parcerias com cidades para incentivar uma construção de infraestrutura para bicicletas. Foi o que ocorreu recentemente em Santa Monica e Los Angeles, que não contavam com tantas estruturas de ganchos nas ruas para as bicicletas.
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