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Para ‘limpar’ o ar, carro elétrico terá de ser muito mais acessível

  • Foto do escritor: Matheus Jeronimo
    Matheus Jeronimo
  • 25 de mai. de 2019
  • 2 min de leitura

Enquanto o carro elétrico custar o mesmo que um automóvel de luxo, seu efeito no meio ambiente será o mesmo de varrer as ruas com cotonete



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A “limpeza” do ar promovida pela chegada do carro elétrico não vai ser uma tarefa simples. Será como varrer as ruas com cotonetes.

Chevrolet, Renault e Leaf anunciaram no Salão do Automóvel que irão vender modelos elétricos no Brasil. É um pontapé inicial de um longo jogo. O anúncio coincide com a assinatura do programa Rota 2030, que enfim dá um norte para a indústria.


No caso dos elétricos, a alíquota de IPI vai de 7% a 14%. Para os híbridos, chega a 20%. Ela varia de acordo com alguns critérios, como eficiência energética e peso do veículo, por exemplo.

Com regras estabelecidas, as fabricantes podem traçar planos. A questão é que regras estabelecidas não significam necessariamente regras viáveis. Os carros elétricos ainda são muito caros. E, com vendas em baixíssima escala, não teremos limpeza de ar a curto prazo.

Em visita ao Salão do Automóvel, na semana passada, o diretor mundial de veículos elétricos da Renault, Eric Feunteun, foi objetivo. Ele disse que, para resolver o problema da poluição, o carro elétrico não pode ser nicho de mercado.


Zoe é o elétrico mais barato do País


O Renault Zoe é o carro elétrico mais barato do Brasil, e custa R$ 149 mil. Como comparação, é mais do que o Ford Fusion 2.0 EcoBoost, que oferece muito mais espaço, conforto e desempenho, por R$ 142.300. O Chevrolet Bolt custará cerca de R$ 175 mil (o preço oficial ainda não foi definido), enquanto o Nissan Leaf foi anunciado por R$ 178.400. Como comparação, o Passat Highline sai por R$ 164.620.


Isso coloca os elétricos numa faixa proibitiva, acessível apenas para pessoas que prezem muito pelo meio ambiente e que, além disso, tenham muito dinheiro disponível.


Se o governo realmente está interessado em incentivar a venda de veículos com “emissão zero”, teria de promover “imposto zero”. Antes do Rota 2030, elétricos se encaixavam na categoria “outros” de IPI, e recolhiam a alíquota máxima, 25%. A redução é bem vinda, mas ainda insuficiente.


Se serve de consolo, mesmo na França a venda de elétricos ainda representa pouco mais de 1% do mercado. O Zoe, a propósito, é o líder em sua terra natal. O alento é que a alta de vendas tem sido constante, puxada especialmente pela China.


A Renault informa que a meta para 2025 é que os elétricos representem 10% de suas vendas. A marca francesa estima que a carga completa das baterias do Zoe custe R$ 30 no Brasil. Por essa quantia, ele consegue rodar 300 km. Ou seja, R$ 0,10 por km rodado. É um bom atrativo, mas será que é o suficiente para definir a compra?




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